Crédito - Modo de usar
GUIA DO CRÉDITO Confira dicas para negociar juros e prazos de financiamento – 28/02/2011
Após anos de abstinência, o brasileiro volta a ter crédito, uma "máquina do tempo" que permite à pessoa importar um dinheiro que terá no futuro, após anos de trabalho, para suprir uma necessidade do presente -morar, abrir um negócio, estudar. Sem ele, projetos brilhantes jamais teriam saído do papel; mas o mau uso pode fazer dele um pesadelo. É uma cena comum: separadamente, as parcelas daquele eletrodoméstico estiloso, do carro novo e das passagens aéreas das últimas férias parecem inofensivas, amigáveis e cabem tranquilamente no bolso. Isso sem falar nos imprevistos. Além do desemprego, situações como doenças, separações e até mesmo um simples reparo do carro figuram entre as principais causas de desequilíbrios temporários no orçamento pessoal. "O nível de endividamento ideal para uma pessoa é de 20% a 30% de sua renda líquida mensal. O endividamento médio do brasileiro hoje está em torno de 50%", afirma Bruno Azevedo, consultor da Foco Financeiro. Para equilibrar as contas, só há duas opções, que podem ser combinadas: ganhar mais ou gastar menos. RESERVA DE EMERGÊNCIA Com a renda já comprometida com tantas prestações, a pessoa corre o risco de se tornar inadimplente. Controlar as despesas é imprescindível, sobretudo para quem está no vermelho. Contar com uma reserva de 3 a 6 meses dos gastos fixos (mais as prestações) é também recomendável. O cuidado deve ser redobrado com o cheque especial. Tomar um empréstimo para cobrir o buraco na conta pode reduzir à metade os juros do cheque especial, que só deve ser usado em curtíssimo prazo. O mesmo vale para o cartão de crédito. Um estudo do Ministério da Fazenda creditava a um motivo cultural o uso maciço do cheque especial: as pessoas tinham vergonha de pedir empréstimo no banco. Com o avanço do atendimento eletrônico, a contratação de empréstimo pessoal está disponível na internet e nos caixas eletrônicos. "Quem enfrenta seus problemas financeiros encontra forças para superá-los. Muitas vezes, vira o jogo e passa de devedor a investidor", afirma Álvaro Modernell, consultor da Mais Ativos.
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